Notícias

Acesse o conteúdo disponível da área de Notícias:

Últimas Notícias

Saúde bucal do brasileiro nos últimos três anos revela quadro de atenção

No Dia Nacional da Saúde, especialista do CROSP avalia dados sobre a saúde bucal e ações necessárias

O Dia Nacional da Saúde é celebrado em 5 de agosto, data instituída por meio da Lei n° 5.352/1.967 e escolhida em homenagem ao médico e sanitarista Oswaldo Cruz, que nasceu em 5 de agosto de 1872. Além de reverenciar o médico, a ocasião visa promover a conscientização das pessoas sobre a importância da educação sanitária e de adotar um estilo de vida mais saudável.  

A saúde começa pela boca. Por isso, nesta data, é importante reforçar também os cuidados relacionados ao trato bucal. Contudo, números recentes apontam que esses cuidados não são satisfatórios, especialmente quando se trata de atendimento odontológico.

Nos últimos três anos, a saúde bucal dos brasileiros sofreu impactos, como apontou a pesquisa realizada recentemente pelo Instituto de Pesquisas A Tribuna (IPAT), com apoio do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP). Os dados revelaram que, na Baixada Santista, 53% dos entrevistados deixaram de fazer tratamento dentário por causa da pandemia da Covid-19.

Já os dados coletados pelo Ministério da Saúde, obtidos em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelaram que mais da metade (55%) dos brasileiros não vão ao Cirurgião-Dentista uma vez por ano, conforme o recomendado.

Diante desses dados, o Cirurgião-Dentista e presidente da Câmara Técnica de Saúde Coletiva do CROSP, Dr. Marco Antônio Manfredini, avalia que, embora não haja estudos comparativos disponíveis acerca do período da pandemia e do estado atual, dentro do cenário de atendimento público e privado é possível afirmar que houve um agravamento da cárie e das doenças periodontais. 

“Houve um gap no acesso dos pacientes aos serviços, inclusive odontológicos, durante a pandemia. E isso nos leva a supor que tenha havido, sim, uma piora no que se refere a essas patologias no âmbito público e privado, se pensarmos que o aconselhável é que se faça um acompanhamento de seis em seis meses, pelo menos. Dependendo do paciente, a cada três meses”.

O especialista lembra que, especialmente nos primeiros seis meses de pandemia, ocorreu um afastamento, ocasionado sobretudo pelas dúvidas em torno da Covid-19, dúvidas essas também por parte dos Cirurgiões-Dentistas, além das dificuldades – que foram muitas. “Uma das principais dificuldades foi o acesso aos equipamentos de proteção para poder realizar os atendimentos. Posteriormente, em 2021, o estabelecimento de normativas técnicas garantiu a segurança. Nesse ponto, vale ainda reforçar que os atendimentos são muito seguros, tanto no setor público como no privado”, enfatiza Dr. Manfredini.

Ampliação do acesso

Para o especialista, nos últimos dez anos o programa Brasil Sorridente, estabelecido pelo Governo Federal e direcionado às questões de assistência odontológica, não teve grande expansão – e essa é uma questão fundamental para a ampliação de acesso da população ao tratamento, segundo o profissional. 

“No início deste ano, com o novo governo e com a participação da Coordenadora Nacional de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Dra.Doralice Severo da Cruz, tivemos o credenciamento de novas equipes (atualmente são 33.542 equipes de saúde bucal disponíveis) e a expansão de serviços, contudo, ainda é insuficiente”.

Por fim, Dr. Manfredini conclui que a estimativa é que 75% da população dependam do atendimento do SUS e que, para atender essa demanda, é fundamental que haja uma expansão dos serviços para que se possa ter efetivamente uma ampliação do atendimento da população, notadamente na rede pública.  

 

Achou interessante esta notícia? Compartilhe!
Facebook
WhatsApp
Email
Telegram
CROSP
Enviar para o WhatsApp

Imprensa

Contatos:

Telefones:
(11) 3549-5550 / (11) 99693-6834