São consideradas condições normais para a
oclusão dentária quando os dentes superiores cobrem ligeiramente os inferiores,
fazendo com que o arco dentário superior seja um pouco maior que o inferior,
proporcionando encaixe adequado. Em relação à posição dos dentes, eles devem se
acomodar harmonicamente nos arcos, promovendo estabilidade entre vizinhos e
antagonistas. A função de movimento deve ser livre.

Uma boa oclusão dentária é essencial para o
bom desempenho das funções da arcada, como mastigação, fonação, deglutição e
até mesmo a respiração. Sendo assim, dentes mal posicionados, além de
interferir na estética, também comprometem essas tarefas. Além disso, a má
oclusão dentária também dificulta a higiene dental, podendo levar a inflamações
gengivais e periodontais de suporte. 

O que causa a má oclusão dentária?

Uma das principais causas da má oclusão é a
genética, uma vez que o tamanho de ossos e dentes é herdado dos pais. Mas esse
não é o único cenário em que a posição dos dentes é prejudicada – hábitos
deletérios que bebês e crianças adquirem durante o desenvolvimento dos dentes
são especialmente negativos para a oclusão dentária.

O uso de chupetas e mamadeiras, além da
prática de chupar o dedo frequentemente nos primeiros anos de idade, são os
principais vilões. Por isso, o aleitamento materno, a mastigação, a deglutição
e a respiração nasal são hábitos recomendáveis para o desenvolvimento harmonioso
do sistema estomatognático. 

Se um dos dentes da criança irromper de
maneira cruzada, ela dará preferência para a mastigação em apenas um lado da
boca, provocando desarmonia óssea e muscular. Por isso, é importante que os
pais acompanhem a troca de dentição com cuidado. 

Vale ressaltar que a maneira como os dentes,
ossos e músculos são usados pode mudar a oclusão em qualquer fase da vida.
Perda de massa muscular e de perímetros ósseos pela idade, assim como perda de
dentes, podem ocasionar falta de ajuste na mordida. Portanto, deve haver
atenção à oclusão correta ao longo de toda a vida do indivíduo.