No período de férias a descontração é maior. O foco na diversão pode interferir na rotina de cuidados com a higiene bucal das crianças, sobretudo no momento da escovação. Pensando nisso, o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) separou algumas dicas que irão ajudar a manter a limpeza dos dentes em dia sem abrir mão da diversão.

O conselheiro do CROSP, Dr. José Carlos Pettorossi Imparato, lembra que é importante ter em mente que nós estamos de férias, mas as bactérias responsáveis pela cárie estão superativas.

“Nesse período de descanso, o açúcar acaba sendo oferecido às crianças mais vezes do que o normal e essa frequência é prejudicial. Na verdade, essa alteração do dia a dia tem que estar acompanhada de alguma supervisão dos responsáveis”, alerta.

Uma das dicas, segundo Dr. Imparato, é que os pais nesse período façam uma boa higienização, de preferência à noite, para reforçar a limpeza dos dentes. Ele acrescenta que o uso do fio ou fita dental nesse controle noturno não deve ser esquecido.

Outra dica importante fica por conta da pasta de dentes e da escova. “A pasta de dente precisa ter flúor. Vale lembrar que a pasta com fluoreto deve ser utilizada desde o primeiro dente até o final da vida. O que tem que se mudar é a quantidade de pasta oferecida para cada idade”.

Com relação à escova, Dr. Imparato lembra que esse pode ser um bom momento para rever como estão as cerdas. “Quando elas começam a apresentar desgaste nas pontas, a ficar mais inclinadas e começam a se abrir; quando começa a ocorrer um desnível nas cerdas, esse é um indício de que é momento de trocar. Um olhar mais atento sempre é importante”.

Consulta

A disponibilidade de tempo maior pode ser uma boa oportunidade para uma consulta com o cirurgião-dentista, contudo, Dr. Imparato orienta que ela ocorra de preferência antes do período de recesso. “Uma consulta antes de iniciar as férias é muito importante para compreender quais são os locais onde se deve ter mais atenção. Por exemplo: a região vestibular dos molares superiores e lingual dos inferiores”, sugere o especialista.