Integrantes da Comissão Nacional de Convênios e Credenciamento
(CNCC) estiveram reunidos no Congresso Internacional de Odontologia de São
Paulo (CIOSP) para discutir a relação dos profissionais de saúde bucal com os
planos de saúde odontológica, a Classificação Brasileira Hierarquizada de
Procedimentos Odontológicos (CBHPO) e a luta de sindicatos nas negociações com
o poder público e privado.
Mediado pelo presidente da
Comissão de Ética do Conselho Regional de Odontologia (CROSP), Wilson Chediek,
o encontro foi dividido em três partes.
O debate teve apresentações dos
integrantes da CNCC, Joana Oliveira Lopes, Eduardo Carlos Gomide e José Carrijo
Brom.
Antes das considerações dos
palestrantes, Chediek salientou a relevância dos profissionais da Odontologia
discutirem o assunto. Segundo ele, muitos desconhecem a quem recorrer no caso
de reclamações de planos odontológicos, por exemplo. “Muitos saem da faculdade
sem nunca terem ouvido falar nas entidades que podem orientá-los”.
Ainda de acordo com ele, o assunto
é de suma importância dentro de um evento que contempla vários aspectos da
Odontologia. “O Congresso tem que ser completo, com a parte científica, o
debate de deveres e direitos do profissional”.
Valorização
profissional
De modo geral, os três convidados
discursaram sobre a valorização profissional. “Estamos passando por um momento
de muita evolução tecnológica, mas nos ganhos os profissionais continuam a
patinar. Por isso digo que falta a valorização”, argumentou Brom.
A Classificação Brasileira
Hierarquizada de Procedimentos Odontológicos (CBHPO) também foi destacada
durante as apresentações como norte para a valoração dos atendimentos. Em slide, Brom apresentou o projeto em detalhes. “É um
instrumento que serve de base não só para os convênios como também para as
consultas particulares”
Gomide salientou a ausência de
regras claras para os cirurgiões-dentistas nos contratos com as operadoras.
“Depois que assinava o contrato é que o profissional via que não tinha prazo
para recebimento e nem reajuste”.
Joana Lopes argumentou que
as mudanças acontecem com mais facilidade quando os profissionais participam
ativamente de seus sindicatos, levando as reclamações e propostas.
Ela ainda comentou que haverá um
encontro de negociação com o Sindicato Patronal em fevereiro. “Só somos fortes
quando todos participam. Em 2016 pretendemos dar um salto de qualidade, fazer
uma reviravolta na Odontologia”, ressaltou.