O Conselho
Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) participou do 1º Simpósio
Multiprofissional sobre Câncer de Boca, que aconteceu na sexta-feira (11/10).
Realizado pelo Hospital Santa Marcelina, o evento reuniu profissionais de
diversas áreas da saúde que atuam no tratamento do câncer bucal no âmbito do
Estado de São Paulo.

Durante a
atividade, o tesoureiro da autarquia, Marco Antonio Manfredini, sugeriu a
criação de um comitê estadual para prevenção e combate ao câncer bucal, formado
por instituições como a Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, Conselho de
Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo, entidades
odontológicas, instituições de ensino superior e organizações de saúde que
oferecem o serviço de diagnóstico e tratamento de câncer bucal.

Silvio de
Abreu, coordenador do ambiente de monitoramento das ações de prevenção e
diagnóstico precoce do câncer bucal do estado de São Paulo e palestrante no
painel sobre “Promoção da Saúde e Prevenção”, abordou o tema
prevenção secundária nas Unidades Básicas de Saúde do Estado de São Paulo.
Durante a apresentação, o professor destacou que “São Paulo é o Estado mais
estruturado para combater efetivamente o câncer de boca, pois possui o maior
número de dentistas registrados no conselho, equipes de saúde bucal, unidades
básicas de saúde, clínicas odontológicas, Unidades e Centros de Alta
complexidade em Oncologia e mesmo assim, a incidência e mortes pela doença
continuam aumentando, portanto, as ações de combate devem ser repensadas”.

Programação

Segmentado
em três temas – ciências básicas, promoção da saúde e prevenção e
tratamento/atuação multiprofissional – o simpósio contou com cerca 300
participantes e 30 palestrantes que abordaram temas sobre tratamentos, dados de
incidência e mortalidade do câncer de boca no Estado, ações desenvolvidas no
nível governamental e nas Unidades Básicas de Saúde.

Cenário

Segundo o
Instituto Nacional do Câncer (INCA), estima-se que 3.990 novos casos de câncer
de boca surgirão em 2019 no Estado de São Paulo, sendo cerca de 3.170 em homens
e 820 em mulheres. Ainda hoje, 80% das ocorrências são diagnosticadas nos
estágios III e IV da doença (considerados os mais avançados).