Uma das primeiras atividades do Congresso
Internacional de Odontologia de São Paulo (CIOSP), o Encontro de Coordenadores
de Saúde Bucal dos Municípios do Estado de São Paulo trouxe a público pesquisas
e projetos voltados à saúde bucal.
Da mesa de abetura participaram os presidentes da
Associação Paulista dos Cirugiões-Dentistas (APCD), Adriano Forghieri, da
Associação Brasileira dos Cirurgiões-Dentistas (ABCD), Silvio Cecchetto, do
Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), Claudio Miyake, da Associação
Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASBUCO), Doralice Severo Cruz, o Coordenador
de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Ademir Fratric Bacic, a Coordenadora de
Saúde Bucal do Estado, Maria Fernanda Tricolli e o presidente da Comissão da
Ética do CROSP e coordenador Municipal de Saúde Bucal de Araraquara, Wilson
Chediek.
No início do evento, o presidente do CROSP, Claudio
Miyake, ressaltou a importância do CIOSP e convidou os municípios para projetos
do Conselho. “Realizamos palestras sobre diversos assuntos da Odontologia e os
municípios interessados neste projeto podem entrar em contato conosco”, disse
Cláudio Miyake.
Depois das apresentações, os palestrantes iniciaram
suas explanações. O professor Antônio Carlos Pereira e os pesquisadores Antônio
Carlos Frias e Vladen Vieira comentaram a pesquisa Estadual de Condições Orais
do Estado de São Paulo.
Depois o coordenador de Saúde Bucal de Ubirajara,
João Peres Neto, apresentou o estudo, intitulado Organização da demanda e
classificação de risco: a experiência de Ubirajara” que exemplifica práticas
para classificação de risco de doenças bucais no município.
Já a coordenadora de Saúde Bucal da Secretaria de
Estado da Saúde de São Paulo, Maria Fernanda Tricoli, trouxe protocolos para a
classificação de risco de doenças. “Cada município tem as suas próprias
características, mas trouxemos aqui diretrizes para facilitar o trabalho”,
afirmou.
O Encontro também contou com a apresentação do
trabalho do coordenador do Ambiente Virtual de Trabalho do Câncer Bucal da Secretaria
de Estado da Saúde de São Paulo “Organização da atenção ao câncer bucal no
Estado de São Paulo”.
“Experiência de gestão CEO – Centro de Especialidades
Odontológicas”, “Diretrizes nacionais”, “Vigilância em Saúde Bucal na atenção
básica” e “E-SUS para a saúde bucal” completaram a programação do dia.
Cárie
Um dos destaques do Encontro foi a apresentação da
Pesquisa Estadual do professor Antônio Carlos Pereira e os pesquisadores
Antônio Carlos Frias e Vladen Vieira. De acordo com o levantamento a incidência
de cárie em adolescentes e adultos paulistas tem reduzido nas últimas décadas.
Em idosos, contudo, o cenário é desfavorável.
“Ações como a fluoretação da água consumida e a
ampla disseminação de informações sobre cuidados com a saúde bucal têm contribuído
bastante para a redução da incidência de cárie”, comentou Vieira.
Universidade de São Paulo (USP), Unicamp
(Universidade de Campinas) e o Conselho Regional de Odontologia de São
Paulo (CROSP) apresentaram em 2015 o mais completo estudo sobre a fluoretação
das águas já realizado nos municípios paulistas. A apuração revelou, por meio
de coleta de amostras analisadas pelas universidades, os níveis de flúor nas
fontes de abastecimento e potenciais riscos à saúde da população.
A parceria com os Conselhos de classe, a exemplo do
levantamento feito pelo CROSP, foi destacada pelos autores da pesquisa. Vieira
salientou, inclusive, a importância de iniciativas que contemplem toda a
população.
Idosos requerem
atenção
Se para adolescentes e adultos houve redução na
incidência de cárie, entre os idosos o cenário não é o mesmo.
Para se ter uma ideia, de acordo com números
comentados no encontro, 28,22% dessa parcela apresentam dentes cariados, 96%
possuem problemas de gengiva e 53% necessitam de alguma prótese ou troca da
prótese que utilizam.
“Temos de pensar que o país está envelhecendo e é
preciso mais atenção com essa população”, comentou Vladen Vieira.
A pesquisa completa para download pode ser
acessada no http://w2.fop.unicamp.br/sbsp2015/.
