Em 2019, o
Comitê Nacional para Promoção do Uso Racional de Medicamentos do Ministério da
Saúde divulgou o relatório Uso racional de medicamentos e medicalização da
vida: recomendações e estratégias, a fim de apresentar dados que validam a
necessidade de prudência na indicação e uso de fármacos por parte de todos os
profissionais de saúde, incluindo os da Odontologia.
A orientação
é para que as(os) cirurgiãs(ões)-dentistas tenham cautela ao prescrever
substâncias, pois a utilização indiscriminada de medicamentos no país tem sido
motivo de preocupação para autoridades e entidades de saúde.
Dados da
Organização Mundial da Saúde (OMS) estimam que metade dos medicamentos sejam
prescritos, dispensados e/ou vendidos de forma inadequada. Também faz um alerta
para banalização da ingestão, ignorando os efeitos colaterais de curto e longo
prazos.
É importante
que as(os) cirurgiãs(ões)-dentistas contribuam para diminuição do consumo,
certificando-se das consequências ao fazer uma prescrição medicamentosa.
Profissionais devem levar em consideração, além dos aspectos odontológicos, se
o paciente apresenta alguma dependência a certas substâncias, o que pode ser
identificado durante a anamnese.
Ao receitar
qualquer medicamento, o profissional sempre deve comunicar os riscos,
benefícios e efeitos colaterais que podem ocorrer. A doses e o período de
ingestão da medicação, bem como dispor-se para esclarecer dúvidas que surgirem
durante o tratamento também devem ser informadas.
Em casos de
reações durante o tratamento, deve-se identificar o medicamento que ocasionou e
o motivo (uso indevido, dose ou tempo de consumo) ou também considerar alguma
interação medicamentosa.
Leia mais sobre o tema na reportagem da edição
160 do CROSP em Notícia (clique aqui).