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Pacientes com autismo precisam de atenção especial no atendimento odontológico

Na celebração do Dia Mundial da Conscientização do Autismo, 2 de abril, o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) reforça a importância da atenção especial aos atendimentos para pacientes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A data foi estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2007.

A cirurgiã-dentista Dra. Adriana Zink, especialista em atendimentos a Pacientes com Necessidades Especiais (PNE), reforça que o atendimento para pessoas com redução cognitiva ou com TEA requer o uso de técnicas de manejo comportamental e abordagem lúdica, como o uso da técnica “mostrar-fazer”, em que o procedimento é apresentado primeiro ao paciente – na maioria das vezes com o uso de um fantoche – para assim ganhar a sua confiança e realizar o atendimento de fato.

Dra. Adriana participou da elaboração do Guia de Atenção à Saúde Bucal da Pessoa com Deficiência e é coautora do artigo “Materiais estruturados para instrução de higiene bucal de pessoas com autismo”.

O Transtorno do Espectro Autista é uma condição neurológica que atinge uma em cada 100 crianças, conforme o Center of Diseases Control and Prevention (CDC), órgão ligado ao governo norte-americano. Estima-se que no Brasil 2 milhões de pessoas tenham TEA. Porém, esse número ainda não é preciso, pois, pela primeira vez, o censo de 2020, que será realizado em agosto de 2022, incluirá em seu questionário o mapeamento de pessoas com autismo.   

Entre as principais características comportamentais de pessoas com TEA destacam-se: dificuldade em interações sociais, dificuldade em estabelecer uma comunicação eficiente e comportamento padrão de realizar movimentos repetitivos e restritivos.

A Dra. Adriana ressalta, ainda, que a orientação de higiene bucal para pacientes TEA, por meio de alternativas e materiais estruturados que possibilitem a inserção da escovação na atividade de vida diária, precisam ser apresentadas precocemente à criança autista, com o apoio dos pais ou cuidadores, para que favoreça a prevenção de doenças bucais.

Atualmente, o estado de São Paulo conta com 278 cirurgiões-dentistas especialistas em atendimento a Pessoas com Necessidades Especiais (PNE).

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