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Odontologia Hospitalar na pandemia

A número 1 da vacina Oxford no Brasil, Dra. Denise Abranches, fala sobre os atendimentos realizados em UTI durante palestra no 39º CIOSP

A cirurgiã-dentista Dra. Denise Caluta Abranches, a primeira brasileira a receber a vacina Oxford quando ainda estava em fase de teste, apresentou na tarde desta quarta-feira (30) uma palestra especial no 

39º CIOSP.

Ao falar sobre do tema Odontologia Hospitalar na Pandemia, ela detalhou momentos emocionantes vividos nas UTIs durante o atendimento aos pacientes com COVID-19.

Em meio a relatos e imagens dos atendimentos realizados pelas equipes aos doentes, inclusive entubados, ela detalhou o drama vivido por milhares de pessoas que, no auge da pandemia, perderam a vida por causa de um “único vírus”, como descreveu.

Denise mencionou também as inúmeras entrevistas que concedeu. Segundo ela, num primeiro momento a imprensa queria entender por que haviam cirurgiões-dentistas atuando em UTIs. “Somos invisíveis. O cirurgião-dentista executa um trabalho importante junto aos pacientes. Cuidar de forma plena requer cuidar também da saúde bucal. A saúde começa pela boca, então o papel do cirurgião dentista na UTI é fundamental”.

No segundo momento, ela disse que as entrevistas se intensificaram por conta da vacina da Oxford. Após tornar-se a primeira cirurgiã-dentista a receber a vacina da Oxford, Dra. Denise explicou que fez questão de atender ao máximo de entrevistas como forma de representar a odontologia.

Perspectivas

Segundo Dra, Denise, o profissional que atua na UTI tem que conhecer os pacientes como um todo, se usa quimioterápicos, se tem mucosite causada por esses medicamentos, saber verificar e articular junto à equipe médica o que pode ser suspenso.

“Você precisa estar preparado para ver o paciente como um todo. Nenhum cirurgião-dentista entra ali sem conhecimentos de farmacologia, por exemplo, e de toda as possibilidades de conversa com a equipe que cuida do paciente”.

Atualmente, o cirurgião-dentista pode atuar como residente nas áreas de Cardiologia, Oncologia, Transplantes e UTI. Nessa última, inclusive, houve um boom por causa da pandemia.

Agradecimentos

Dra. Denise falou ainda da experiência no Hospital de Parelheiros de forma voluntária ao lado de sua equipe. Lembrou dos esforços de todos, inclusive de profissionais que morreram. De acordo com ela, nenhum dos pacientes que atendeu na UTI de um dos hospitais onde atuou sobreviveu à COVID-19.

“Chorei muito ao longo de dois anos e hoje quis ficar firme para falar com vocês. Testemunhei muitas mortes solitárias, sem despedida. Acho que ninguém fica indiferente a isso tudo. Hoje sou uma Denise melhor e agradeço a todos”.

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