No
Dia Nacional e Internacional do Idoso (01/10), desejamos saúde a todos e
lembramos que o envelhecimento da população brasileira é um dos mais acelerados
do mundo. Estudos prospectivos dão conta de que a população nacional com idade
de 0 a 14 anos está em queda. Também há indícios estatísticos de que em 2100
teremos a maior população mundial de idade igual ou superior a 80 anos.

No
âmbito da saúde, essa situação exige capacitação adequada e trabalho em equipes
multiprofissionais para prestar o atendimento necessário perante a demanda
crescente. Nesse cenário, a odontogeriatria deve fazer parte de um trabalho
multiprofissional, no qual todos atuam em consonância para objetivos comuns – a
saúde e a dignidade do idoso.

A
odontogeriatria atua em idosos independentes, parcialmente dependentes,
totalmente dependentes e em cuidados paliativos. Temos 16,5 milhões de idosos
independentes para o autocuidado; 1,7 milhão vive em instituições de apoio, 600
mil estão acamados; 5,5 milhões têm algum nível de incapacidade; e 13,2 milhões
sofrem com doenças crônicas. Muitos deles precisam ser atendidos em casa e no
leito. Por isso, já está em curso o estudo de uma normatização para esse tipo
de cuidado.

Para
elevar as chances de um bom prognóstico, é importante analisar a polifarmácia,
as interações medicamentosas, principalmente seus efeitos colaterais, e
conhecer a evolução das doenças crônicas do paciente. As doenças na boca estão
cada vez mais associadas ao surgimento ou agravo de outras enfermidades,
havendo uma vinculação direta da saúde bucal com a condição sistêmica, assim
como o comprometimento físico, psíquico e emocional do indivíduo.

Por
isso, além de manter o diálogo com os outros médicos e cuidadores do paciente,
os odontogeriatras estão habilitados a aplicar testes que sugerem – ou mesmo
avaliam – níveis de doenças neurológicas como demências, Mal de Parkinson,
depressão, entre outras, podendo assim informar diferentes possibilidades de
planejamentos seguros aos familiares e responsáveis.