O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) declara solidariedade à toda classe odontológica e apoia a manifestação do CRO do Distrito Federal que, nesta quinta-feira (18/3), foi surpreendido, assim como esta autarquia, com a fala injusta e desinformada do jornalista Cláudio Humberto Rosa e Silva no programa Band News Gente, também de Brasília, com acusações de que haveria ‘fura-fila’ sobre a reivindicação legítima da classe quanto à imunização contra a Covid-19. 

Desde o início da campanha nacional de vacinação, profissionais da Odontologia foram incluídos entre os trabalhadores da Saúde na fase 1 e estão sendo imunizados de acordo com a disponibilidade de doses e definição de prioridade dos estados e municípios. A orientação do Ministério da Saúde (MS) é para priorização daqueles profissionais que atuam na linha de frente de combate à pandemia com atendimento e apoio aos pacientes infectados, condições que muitos cirurgiões-dentistas estão incluídos.

Em Brasília, a prioridade é também para os grupos de idosos e funcionários da rede pública de Saúde. Com isso, quem trabalha na rede privada foi preterido, ainda que em risco de contaminação, o que provocou a manifestação dos cirurgiões-dentistas, interpretada pelo jornalista como ‘fura-fila’. Cabe destacar que, segundo o MS, todos os trabalhadores de Saúde deverão ser vacinados ainda na primeira fase da campanha, conforme ofício encaminhado aos entes federativos, o que diz respeito a todos odontólogos, técnicos, auxiliares e demais integrantes de suas equipes. A ordem da imunização, no entanto, está sujeita aos repasses federais, que têm sido insuficientes, fazendo com que muitas cidades e estados, que são os responsáveis legais pela efetivação da campanha, priorizem ainda mais os grupos a receberem a vacina. O que não tira o direito de todos os trabalhadores da Saúde à vacina e, portanto, torna as reivindicações legítimas. 

O desconhecimento do jornalista sobre a atuação da Odontologia ofende os profissionais que atuam diariamente em risco de contaminação para prestar seus serviços em prol da saúde e do bem-estar da população, mostrando pouca sensibilidade com o fato de esses trabalhadores estarem, todos os dias, em contato com a boca de seus pacientes, uma das principais vias de contágio da Covid-19. 

Em São Paulo, o CROSP tem atuado em defesa da classe durante todo o período da pandemia e, assim como os colegas de Brasília, reivindica a vacinação efetiva dos inscritos em cumprimento do cronograma para garantia do exercício seguro e digno da profissão, com diálogo constante com o Governo do Estado e, mais recentemente, o Ministério Público Federal, conforme noticiado aqui e aqui, respectivamente. 

Esta autarquia paulista reitera ainda que repudia qualquer ato ilícito que envolva a imunização dos profissionais da Odontologia e tem buscado e se colocado à disposição de todos os veículos de comunicação para informar a população de forma assertiva, uma vez que a vacinação dos trabalhadores da Odontologia está de acordo com as regulamentações nacionais.