Os
profissionais da saúde podem ajudar a identificar e denunciar casos de maus
tratos aos pacientes menores de idade. Para orientá-los sobre a conduta a ser
tomada nesses casos, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade de
Pediatria de São Paulo (SPSP) criaram o Manual de atendimento às crianças e
adolescentes vítimas de violência. O material está em sua segunda edição e pode
ser acessado aqui.
Responsável
pela coordenação do manual, em conjunto com Renata Dejtiar Waksman e Luci
Pfeiffer, o médico Mário Roberto Hirschheimer explica que o conteúdo visa
esclarecer a forma correta de fazer o encaminhamento jurídico e prestar
atendimento ético nos casos de violência.
“O desafio
foi integrar os conhecimentos médico-científicos, jurídicos e de gestão à
sensibilidade ética e humanitária numa única abordagem”, conta Hirschheimer.
Segundo ele, 3 mil exemplares foram produzidos e distribuídos para as
associações do setor de saúde.
No caso da
Odontologia, a presidente da Câmara Técnica de Odontopediatria do Conselho
Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), Sylvia Lavínia Ferreira, que
colaborou com o Manual, destaca que o odontopediatra, em especial, deve estar
atento aos casos de agressão contra a criança e o adolescente.
“Nós,
cirurgiões-dentistas, poderemos nos deparar com uma situação destas a qualquer
momento. O importante, como o Manual mostra, é trabalharmos de forma integrada
pelo bem-estar físico, psíquico e
emocional da criança, que é indefesa. Ela precisa ser acolhida e tratada
de maneira adequada”, aponta Sylvia.
O manual
também pode ser acessado nos sites da Sociedade Brasileira de Pediatria e do
Conselho Federal de Medicina.