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Jovens que usam aparelhos ortodônticos precisam redobrar o cuidado com a saúde bucal

Uma das principais queixas e problemas nos consultórios odontológicos entre os jovens é a questão estética e, com a vontade de corrigir o posicionamento dentário, o uso dos aparelhos fixos é uma das opções. Contudo, a Cirurgiã-Dentista e membro da Câmara Técnica de Ortodontia do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), Dra. Miriam Abdo de Camargo Pinheiro, informa que é fundamental ressaltar a importância de um cuidado ainda mais criterioso com a escovação, uma vez que as peças do aparelho favorecem a retenção e o acúmulo de alimentos e biofilme (placa bacteriana, uma mistura de bactérias e restos alimentares).

“O uso do fio dental após todas as refeições, utilizando dispositivos que facilitem a entrada dele por baixo do arco com os condutores de fio dental, é fundamental. As escovas interdentais facilitam a limpeza entre os dentes por baixo do arco ortodôntico, bem como escovas unitufo ajudam na limpeza ao redor dos bráquetes e acessórios, enquanto os cremes dentais e enxaguantes bucais com flúor favorecem a limpeza dos dentes e dos acessórios ortodônticos. A utilização de irrigadores orais que emitem jatos de água, são excelentes coadjuvantes para auxiliar a limpeza dos dentes e das peças do aparelho ortodôntico”, avalia a Dra. Miriam.

Ainda no que diz respeito aos aparelhos fixos, a Cirurgiã-Dentista considera as seguintes vantagens:

* Entrega de resultado independentemente da colaboração ativa do adolescente: eles não dependem diretamente da colaboração do uso pelo paciente.

* Versatilidade: possibilidade de tratar a grande maioria das más oclusões, podendo ser metálicos, estéticos e autoligáveis.

* Custos: variável (dependendo do tipo), mas reduzido em relação aos alinhadores. 

As desvantagens, de acordo com a Dra. Miriam, envolvem a necessidade de muita colaboração nos cuidados com o aparelho, o que implica em evitar alimentos que possam derrubar as suas peças ou que contenham alta concentração de açúcar, como: balas, chicletes, amendoim, castanhas, frango ou costelinha com osso, pipoca, amendoim japonês, pé de moleque, rapadura etc.

“O paciente que apresenta alta tendência ao desenvolvimento de cárie, que apresente alta ingestão de açúcares e maus hábitos de higienização bucal, precisa ser primeiramente condicionado para que possa fazer uso dos aparelhos fixos sem prejuízo para sua dentição. Um acompanhamento rígido pelo seu Cirurgião-Dentista, além da supervisão dos pais ou responsáveis, é imprescindível”.

Hoje em dia, a busca por tratamentos ortodônticos com alinhadores nos adolescentes tornou-se uma opção. Apesar de um custo mais elevado, a tecnologia favoreceu a possibilidade dessa opção para o tratamento cujos benefícios são:

* Estético: transparente e praticamente invisível.

* Removível: facilidade para alimentação e higienização.

* Confortável: material elástico, flexível, não machuca, não alteram a dicção. Menos emergências e intercorrências.

* Flexibilização: para tratar mesmo à distância com menor número de consultas presenciais. Otimização do tempo do paciente, diminuição do tempo de cadeira.

* Comunicação: realizada com mais clareza. através do planejamento virtual, consegue-se dar mais tangibilidade ao tratamento ortodôntico, mostrando os movimentos propostos a cada troca de alinhador, os desgastes, as dificuldades, o tempo previsto, facilitando ao jovem entender e aderir ao tratamento, assim como a necessidade da sua fidelização ao uso para que os resultados propostos sejam obtidos.  

Segundo a especialista, esse tipo de tratamento tem como desvantagem o fato de depender totalmente da colaboração do adolescente, que terá o resultado planejado caso seja aderente ao uso. “Na hora de escolher com qual produto poderá tratar, é fundamental a conversa aberta com o adolescente e seus pais ou responsáveis para que haja o engajamento necessário para não criar frustrações. Além disso, muitas vezes, para obter um resultado pleno com alinhadores, é necessário o uso de técnicas ortodônticas auxiliares, como a utilização de botões e elásticos, e dispositivos de ancoragem temporárias (DATs – miniimplantes) – e o adolescente, assim como a família, tem que estar ciente dessa necessidade”.

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