A possibilidade
de criação de cursos de Odontologia totalmente a distância, a realização do
teste de progresso e o debate sobre as alterações nas Diretrizes Curriculares
Nacionais da Odontologia foram debatidas em Brasília. Os assuntos foram
tratados em reunião entre representantes do Conselho Regional de Odontologia de
São Paulo (CROSP) e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (INEP), no dia 02.08.

Na ocasião, o
CROSP reiterou sua preocupação e desacordo, em relação à possibilidade de
criação de cursos 100% EaD em Odontologia, tendo em vista a edição do Decreto
Federal 9057. A Diretora de Avaliação da Educação Superior, Maria Ângela Abrão,
e a Coordenadora Geral de Avaliação dos cursos de Graduação e Instituições de
Ensino Superior, Sueli Macedo Silveira do INEP, asseguraram que os cursos de
Odontologia devem observar as recomendações que constam nas Diretrizes
Curriculares Nacionais da Odontologia.

Por isso, assim
como Medicina e Psicologia não há possibilidade de que os cursos de Odontologia
sejam realizados a distância, mesmo com a publicação do recente decreto. Dessa
forma, apenas 20% das disciplinas podem ser cursadas nessa modalidade.

“Temos
participado ativamente em São Paulo e em Brasília de diversas iniciativas junto
ao Executivo e Legislativo, visando preservar a Odontologia dos riscos de uma
formação 100% EaD”, afirmou o secretário geral do CROSP, Marco Manfredini. “Falamos
em nome de 86 mil cirurgiões-dentistas de São Paulo, que reprovam tal
iniciativa, face aos riscos que poderão ser gerados à saúde da população”,
acrescentou.

Em relação ao
teste de progresso, o secretário geral e a assessora da presidência do CROSP, Mary
Caroline Skelton Macedo, descreveram a primeira etapa conduzida pelo CROSP em
2016/2017 sobre a avaliação e receberam elogios pela iniciativa.

Já sobre as
alterações das diretrizes curriculares da Odontologia, a orientação foi de que
tratassem das demandas junto com o Conselho Nacional de Educação.

No dia 08.08,
representantes do CROSP retornarão a Brasília para audiência pública sobre a
expansão da oferta de cursos superiores a distância na área da saúde. O debate
será realizado na Câmara dos Deputados.