Notícias

Acesse o conteúdo disponível da área de Notícias:

Últimas Notícias

Dia Mundial da Saúde Bucal: ações que despertam para o orgulho da sua boca

O Dia Mundial da Saúde Bucal é celebrado anualmente em 20 de março. A data foi instituída pela Federação Internacional Dentária (FDI) em 2007, com o objetivo de unir esforços globais sobre a educação em saúde bucal. Para assinalar a campanha do triênio (2021/2023), a instituição adotou o tema “Be Proud of Your Mouth” – em português, “tenha orgulho de sua boca”.   

O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) chama a atenção para o assunto, direcionando seu olhar para os caminhos e ações que levam a alcançar qualidade de vida por meio da saúde bucal. Afinal, quais fatores estão por trás desse orgulho e como conquistá-lo? Hábitos pessoais, informações disponíveis, campanhas educacionais de conscientização para saúde bucal e inovações elencam os principais fatores.  

Acesso às informações e serviços de saúde

Dados estatísticos colhidos em 2020, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE em parceria com o Ministério da Saúde, mostram que apenas 49% dos brasileiros vão ao cirurgião-dentista. Essa porcentagem revela não apenas questões socioeconômicas, mas também, questões culturais e educacionais.

Em 2013, o IBGE constatou que 11% dos brasileiros não tinham nenhum dente na boca. Conforme dados apresentados pela Pesquisa Nacional de Saúde Bucal realizada em 2010, o acesso aos serviços de saúde bucal se diferenciava de acordo com a região, sendo a população do Sul e do Sudeste com melhores condições bucais e os moradores do Norte, Nordeste e Centro-Oeste com menores, em relação à prevalência de cárie.

A cirurgiã-dentista, Dra. Sofia Takeda Uemura, Mestre em Odontologia pelo Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic e Doutora em Ensino de Ciências pela Universidade Cruzeiro do Sul, reforça a importância de campanhas educativas para alertar o quanto a saúde bucal influencia na saúde geral. “Há uma preocupação com a saúde geral, mas não há o entendimento ainda de que a saúde envolve o todo e que a boca faz parte desse todo”, explica a cirurgiã-dentista. 

Produzir materiais informativos, assim como realizar orientações por meio de campanhas educativas em escolas, estações de trens e metrôs, hospitais e equipamentos de saúde pode ser uma alternativa para driblar as dificuldades e a falta de informações sobre temas relacionados à saúde bucal.

Todavia, isoladas, tais ações são insuficientes, como explica o cirurgião-dentista Marco Manfredini, Doutor pela Faculdade de Saúde Pública da USP. “As campanhas têm o papel de reforçar a importância das políticas públicas, mas não são suficientes caso não se articulem a programações de saúde bucal. Elas são meios auxiliares em programas que englobam todo o processo saúde-doença, desde a prevenção até a cura e reabilitação. Para que haja resultado, precisam estar inseridos dentro de ações e políticas que envolvam as esferas estaduais, municipais e federal”, ressalta. 

Os levantamentos e pesquisas de mapeamento da saúde bucal brasileira fornecem subsídios para que novas políticas de atendimento sejam desenvolvidas. Apesar do Brasil ser o país com maior número de cirurgiões-dentistas, a distribuição desses profissionais é desigual.

De acordo com o Dr. Manfredini, essa distribuição ocorre conforme o interesse econômico. “O único período em que houve uma exceção nesse quadro foi entre 2003 a 2016, quando o programa Brasil Sorridente vigorava. É necessário que haja novamente uma política de retomada deste protagonismo, com a finalidade de enfrentar os problemas de saúde bucal. Vivemos um período de desfinanciamento no SUS, com um gasto per capita muito baixo para as nossas necessidades”, conclui.

Tecnologia e inovações

Os avanços tecnológicos estão entre os fatores que contribuem para a saúde bucal. Nos últimos anos, os procedimentos estéticos, amparados pela tecnologia, ganharam destaque, no entanto, a Dra. Sofia coloca algumas ressalvas com relação a esse comportamento.

Para ela, embora os procedimentos de grande tecnologia como os tratamentos através de scanner, impressoras 3D, lâminas e facetas sejam hoje uma realidade e estejam em destaque, o foco deve ser para o atendimento básico e para a prevenção da saúde de fato.

O Dr. Manfredini também lembra que o desenvolvimento da tecnologia tem que ser visto à luz das necessidades que a prática requer. “Temos uma orientação tecnológica voltada para as especialidades com a aplicação de tecnologias de ponta, mas também há a necessidade de desenvolver tecnologias para áreas de tratamento de doenças como o câncer bucal, cárie dentária e doença periodontal,” finaliza.

Hábitos pessoais

Os hábitos relacionados à alimentação desde o início da vida (amamentação, ingestão de cálcio, redução no consumo de açúcar) higienização (escovação com creme fluoretado após as refeições, uso do fio dental, bochechos) e outros, como uso de protetor labial, são indispensáveis para desenvolvimento e manutenção da saúde da boca, do corpo e também da mente, pois o conjunto contribui para o bem estar geral e melhora da autoestima. Porém, tais fatores não afastam a necessidade de consultas regulares ao cirurgião-dentista.

A Dra. Sofia explica que as consultas para o cuidado com a saúde bucal são essenciais, uma vez que os sinais de possíveis doenças podem ser detectados precocemente pelo cirurgião-dentista, em fases em que não é preciso fazer intervenções cirúrgicas ou restauradoras.

Além das visitas e retornos periódicos ao cirurgião-dentista, é preciso reforçar a importância da higienização, principalmente após a alimentação. Esses são alguns hábitos que podem ser melhorados para contribuir para que cada vez mais brasileiros possam ter maior qualidade de vida e orgulho ao exibir sua boca e seu sorriso, com saúde.

(Release em word)

Achou interessante esta notícia? Compartilhe!
Facebook
WhatsApp
Email
Telegram
CROSP
Enviar para o WhatsApp

Imprensa

Contatos:

Telefones:
(11) 3549-5550 / (11) 99693-6834