Pacientes com hipertensão, a popular pressão alta, precisam de atenção e cuidados redobrados na hora do tratamento odontológico. Traiçoeira e silenciosa, a hipertensão arterial sistêmica (HAS) não costuma apresentar sintomas e caracteriza-se pelo aumento anormal (acima de 14/9) e por longo período da pressão exercida pelo sangue ao circular pelas artérias do corpo, podendo causar doenças cardiovasculares, renais e até mesmo um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Devido a isso, a ida ao cirurgião-dentista exige um acompanhamento mais direto e atento por parte do profissional, que não pode descuidar da condição do paciente.
Segundo a especialista em Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais, Dra. Adriana Zink, o atendimento odontológico mediante esse quadro é baseado nas diretrizes de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) de 2017. O cirurgião-dentista tem, ainda, como fonte, a Sociedade Brasileira de Cardiologia e a 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, entre outras. “Para cada nível, o cirurgião-dentista terá uma abordagem específica de acordo com a necessidade individual do paciente. O hipertenso deve ter sua pressão monitorada a cada consulta e o profissional deve estar atento à escolha do anestésico e vasoconstrictor”, alerta a cirurgiã-dentista.
Desse modo, recomenda-se a utilização de um protocolo de atendimento odontológico direcionado ao paciente hipertenso, no qual a anamnese é determinante.
O cirurgião-dentista deve, ainda, orientar o paciente sobre os fatores de risco das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como obesidade, sedentarismo, alimentação, tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas “A Odontologia é a mesma para todos os pacientes, o que muda é a necessidade especial de cada um e as adequações que serão realizadas pelo profissional”.
Dentre as medidas clínicas que os conselhos regionais recomendam, podemos destacar as seguintes:
1- Estabelecer uma relação de confiança com o paciente.
2 – Liberar o paciente quando estiver muito ansioso.
3- Dar prioridade ao atendimento diurno.
4- Evitar consultas longas e exaustivas.
5 -Evitar uso de vasopressores em fios de retração.