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CROSP segue em defesa da manutenção e controle da fluoretação das águas com novas orientações do CECOL/USP

O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), motivado por dúvidas sobre a fluoretação das águas de abastecimento público e pela necessidade de oferecer informações confiáveis e embasadas em evidência à classe odontológica e à população em geral, solicitou ao Centro Colaborador do Ministério da Saúde em Vigilância da Saúde Bucal (CECOL), da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de São Paulo (USP), um parecer técnico sobre o tema. A fluoretação das águas de abastecimento é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como medida indispensável para as estratégias de saúde bucal, além de ser parte das diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal (PNSB). 


Apesar da inclusão de fluoreto na rede distribuidora de água dos municípios já ser uma realidade desde a década de 1970, quando foram promulgados a Lei Federal 6.050/1974 e o Decreto Estadual 10.330/1977 (este último por ação do então deputado estadual Emil Razuk, cirurgião-dentista e ex-presidente do CROSP), ainda faz-se necessário o lembrete sobre a importância dessa política pública de prevenção à Saúde Bucal. Entre 2014 e 2015, em um levantamento realizado também pelo CECOL com o CROSP, foi identificado que 98,9% dos municípios paulistas apresentavam água fluoretada. Agora, em 2021, o novo documento preparado pelo CECOL/USP a pedido do CROSP apresenta análises sobre os aspectos epidemiológicos, benefícios à população e importância do controle da substância, esclarecendo que não há evidência de efeitos adversos à população, notadamente o câncer, a osteoporose, o autismo, o aborto, anomalias congênitas e efeitos sobre a inteligência, a tireoide, o sistema endócrino e os padrões de mortalidade, geral e por causas específicas, como muito se tem levantado em debates na internet. 


Estamos atravessando uma ampla disseminação de conteúdos falsos relacionados à saúde, o que os especialistas denominam de infodemia. Esse contexto representa um importante desafio para a disseminação de informações confiáveis de interesse da saúde pública como é o ajuste da concentração do fluoreto na água de abastecimento público, o uso de vacinas e de dispositivos de segurança em ruas, estradas e veículos. Conhecida genericamente como “fluoretação da água”, essa tecnologia vem sendo alvo de constantes ataques na internet e nas redes sociais com apelos de fundo emocional e conteúdo de pseudociência, razão pela qual é importante prover à sociedade conteúdos confiáveis e com base em evidência científica”, explica o Prof. Dr. Paulo Frazão, coordenador do CECOL/USP e membro da Comissão de Políticas Públicas do CROSP. 


O CROSP, que tem atuado ao longo dos anos em defesa da fluoretação das águas, sua manutenção e controle, com o parecer técnico em mãos, irá oficiar a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES/SP) para que sejam realizados os inquéritos populacionais de saúde bucal para dimensionamento da prevalência de cárie e de fluorose dentária (excesso de flúor), nas idades e grupos-etários recomendados pela OMS e adotados pelo Projeto Saúde Bucal Brasil, do Sistema Único de Saúde. Além disso, solicitará também informações periódicas sobre a vigilância sanitária da água de abastecimento público para parâmetro do fluoreto. 


“Um posicionamento institucional sobre a “fluoretação da água” como estratégia de saúde pública eficaz, não só para redução da cárie, mas, principalmente, quanto à sua segurança em termos de saúde geral, se fazia urgente considerando o momento negacionista que vivemos. A cárie dental continua sendo uma das doenças mais prevalentes do mundo, atingindo 2,3 bilhões de pessoas. Este mês, tive a honra e a oportunidade de participar da atualização do posicionamento da IADR (International Association for Dental Research), no qual, à semelhança do documento técnico-científico elaborado pelo CECOL/USP, fica ratificado que a fluoretação da água continua sendo medida de saúde pública importante no controle da cárie, não só para o Brasil, como para países desenvolvidos, como Austrália e Estados Unidos. Também em ambos documentos se afirmou com base em evidência científica que não há relação causa-efeito entre o flúor agregado à água de abastecimento pública e as falácias (“fake news”) propagadas nas redes sociais”, afirma o Prof. Dr. Jaime Cury, da Faculdade de Odontologia de Piracicaba/UNICAMP.

Confira aqui o pedido do CROSP ao CECOL/USP e aqui o parecer técnico na íntegra. Aqui é possível acessar o ofício encaminhado ao secretário Estadual de Saúde.

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