O Conselho Regional de
Odontologia (CROSP) acompanha de perto as repercussões sobre a obrigatoriedade
da chamada Avaliação do Frênulo da Língua em Bebês, o teste da linguinha.
Recentemente a Associação Brasileira de Odontopediatria publicou nota contrária
à determinação (Clique aqui
para verificar o documento da ABO na íntegra).
Aprovada em 2014, a Lei Federal
13002determina a realização do teste em todos os hospitais e maternidades do
Brasil. A intenção é detectar a anquiloglossia – também conhecida como língua
presa – quando a membrana que conecta língua ao assoalho da boca é menor que o
comum. Para alguns especialistas essa condição pode trazer problemas na
amamentação.
No entanto, segundo a ABO não há
certeza sobre essa consequência e nem mesmo sobre a validade do método. Além
disso, a condição a ser diagnosticada tem baixa prevalência na população.
Vale ressaltar que um parecer
técnico e científico e uma Nota Técnica da Coordenação Geral da Criança e
Aleitamento Materno (confira aqui) sugerem
que sejam realizados estudos para determinar se há relação entre a língua
presa, a amamentação e o ganho de peso dos bebês.
Os documentos afirmam ainda que a
cirurgia para a anquiloglossia – chamada de frenotomia – só deve ser
indicada em casos graves diagnosticados na maternidade. Nos demais casos, após
seguimento, quando se identificar problemas de amamentação.