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Como a diabetes mellitus interfere na saúde bucal

Quando o diabetes não é bem controlado podem surgir graves
complicações à saúde. De acordo com a cirurgiã-dentista Aida Sabbagh Haddad,
integrante da Câmara Técnica de Odontologia para Pacientes com Necessidades
Especiais do CROSP, as manifestações clínicas na diabetes mellitus não
controlada por um longo tempo levam diversas complicações vasculares,
neurológicas e ainda infecções repetidas pela diminuição da resposta
imunológica.

Hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, enfermidades coronárias,
enfarte do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC), como ainda problemas
de visão (glaucoma e catarata) que gera cegueira nos casos mais graves, perda
da função renal, amputação de membros inferiores, são todas possíveis
consequências de um indivíduo que não tem o controle da doença.

Diabetes na boca 

Na boca, o sinal clínico da diabetes não diagnosticada ou sem
tratamento pode incluir doença periodontal, diminuição do fluxo salivar,
ressecamento de mucosas, hálito cetônico, queilite, candidíase, dificuldades de
cicatrização e alterações na microbiota.
 

“A doença periodontal é a complicação bucal relacionada a diabetes
mais frequente, ocorrendo cerca de duas a quatro vezes mais em pessoas
diabéticas do que nas que não possuem a condição. Diabéticos também têm maior
tendência à hipertrofia gengival, formação de abscesso, reabsorção alveolar,
mobilidade dental, até a perda óssea”, explica a profissional.
 

A diabetes sem o devido tratamento de controle interfere na doença
periodontal pela diminuição da resposta imunológica celular relacionada aos
linfócitos T e macrófagos. A condição também causa diminuição na função dos
neutrófilos, alterando sua quimiotaxia, fagocitose e ainda na função de
destruição bacteriana.
 

Por outro lado, a infecção periodontal também piora a condição geral
do paciente diabético. Isso porque a presença bacteriana e/ou viral resulta no
aumento da inflamação sistêmica, o que amplia a resistência à insulina.
 

Tratamento
especializado e interdisciplinar

Para o tratamento odontológico, a(o) cirurgiã(ão)-dentista especializado
deve considerar se o indivíduo apresenta diabetes sob controle ou não e se
conta com alguma alteração sistêmica, principalmente cardíaca e renal. “Frente
a essas condições, o tratamento odontológico deverá ser realizado com a
colaboração do médico que o assiste, o qual irá também estabelecer a posologia
de insulina e dieta adequadas”, finaliza Aida Sabbagh Haddad.
 

A Câmara Técnica de
Odontologia para Pessoas com Necessidades Especiais indica que o tratamento
educativo preventivo da saúde bucal também é essencial para evitar complicações
mais graves em pacientes diabéticos.

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