Representantes do Fórum dos Conselhos Profissionais da Área
da Saúde (FCFAS) foram recebidos pelo presidente da Confederação Nacional da
Saúde (CNS), o farmacêutico Tércio Egon Paulo Kasten, e pelo vice-presidente, o
médico Renato Merolli, em 11.04, para discutir questões relacionadas à
qualidade do ensino na área da saúde.
Na ocasião, os membros do FCFAS manifestaram descontentamento
com a aprovação do Ministério da Educação (MEC) para abertura de 600 mil vagas
para cursos de ensino a distância (EAD), na área da saúde. Segundo eles, o
aprendizado nesta modalidade dificilmente forma profissionais qualificados.
Sendo assim, é uma questão de segurança para os pacientes.
Ainda durante a discussão, representantes do Fórum frisaram
que a graduação EAD pode desencadear um crescimento no número de processos
éticos e judiciais contra os empregadores, devido a danos causados por
profissionais desqualificados.
Abordaram também os Projetos de Leis que visam garantir a
graduação nas profissões da saúde de forma presencial e reforçaram a
importância e o impacto de uma manifestação da CNS para reverter o cenário.
O presidente da CNS informou que tem acompanhado o movimento
pela a qualidade na formação dos profissionais de saúde, e reiterou o apoio as
ações que garantam a formação na área de forma presencial. Ele afastou a
possibilidade de os empregadores receberem profissionais formados a distância.
“Não podemos garantir serviços de qualidade sem não tivermos
profissionais de saúde com qualidade”, disse o presidente da CNS ao final da
reunião.
O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), que
integra o FCFAS, também tem se manifestado contrário ao funcionamento de cursos
na área da saúde, totalmente a distância. Para autarquia as especificidades da
profissão exigem a formação presencial, a fim de garantir o atendimento de
qualidade para a população.