Cirurgiões-dentistas podem ser essenciais para o diagnóstico da bulimia

A bulimia é um
transtorno alimentar causado por um distúrbio psicológico, relacionado com
estereótipos de beleza que valorizam corpos magros. Esse transtorno, que
acomete principalmente jovens mulheres, é de difícil identificação, mas a
atenção à saúde bucal pode ser o primeiro passo para um tratamento eficaz.
 

A pessoa com
bulimia ingere grandes quantidades de comida compulsivamente em pouco tempo
(crise de hiperfagia) e, em seguida, utiliza métodos para se livrar do que
ingeriu, evitando o aumento de peso. Vômito auto-induzido, jejum, uso de
laxantes e diuréticos são algumas das maneiras usadas para compensar os
exageros.

A detecção
precoce é a melhor forma de combater a doença, para isso, a atuação das(os)
cirurgiãs(ões)-dentistas pode ser fundamental. Por conta do hábito constante de
provocar vômito após as refeições, é possível notar o desgaste nas cúspides,
por exemplo. A erosão dentária também é um exemplo comum de sinal clínico, já que
os ácidos estomacais têm um pH muito baixo e desmineralizam o esmalte. Essa
erosão é observada inicialmente nas palatinas dos dentes superiores, que têm
mais contato com a língua e a comida expelida.
 

A condição
também aumenta a sensibilidade dos dentes, oferece risco de inflamações da
glândula parótida e de queilite angular. Em caso de pacientes com restaurações,
o amálgama permanece inteiro, enquanto o dente se deteriora, o que causa as
chamadas “ilhas de amálgama”.
 

As(os)
cirurgiãs(ãos)-dentista devem ter um olhar global em relação à saúde do
paciente para o diagnóstico correto da bulimia. O profissional também deve
considerar a possibilidade de distúrbios gástricos, como o refluxo, e dietas
inadequadas.
 

Outro ponto
importante é estabelecer uma relação de confiança com o paciente. A(o)
cirurgiã(ão)-dentista pode ser o primeiro profissional da saúde a suspeitar da
bulimia, o que gera a responsabilidade de oferecer ajuda. Além das soluções
para as consequências causadas na boca, é importante que o tratamento foque na
origem do problema. Por isso, a importância de um tratamento multidisciplinar
adequado ao transtorno, que inclua profissionais da psicologia, psiquiatria e
nutrição, por exemplo.

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