As especialistas em Odontopediatria e Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais, Dra. Sofia Takeda e Dra. Leda Regina Mugayar, falaram aos congressistas do 40º CIOSP, neste sábado. O tema ”Atenção odontológica à criança com deficiência: singularidade no plural” foi um dos destaques no último dia do evento internacional e 

envolveu aspectos filosóficos do atendimento voltado à criança com deficiência, como definiu a Dra. Leda.

“O conceito que queremos trazer é esse: de transmitir uma visão filosófica. A visão técnica todos nós já temos. Técnica é técnica e o que vamos fazer é ajustá-la às necessidades do paciente, não importa se é deficiente ou se tem necessidades especiais. Não vamos nos ater aqui à definição desses conceitos. Seja paciente deficiente ou portador de necessidades especiais, o importante não é olhar o que o paciente não pode fazer, mas procurar por tudo que ele ainda pode fazer”.

Tópicos como a ideia da “cooperação” por parte do paciente, pré-conceito e manejo (gerenciamento do comportamento) foram destacados pelas especialistas. “Muitas vezes, chega no consultório um paciente com necessidades especiais e logo surge o pensamento: é difícil. Ao invés de pensar que ele é difícil, é necessário ver o que pode ser feito”.

Regras, leis, definições e fórmulas existem para definir o que é deficiência ou necessidade especial, como colocaram as palestrantes. No entanto, de acordo com elas, o importante é saber o que fazer com essas definições. “Às vezes, o melhor que eu queria fazer pelo paciente não é aquilo que eu posso fazer hoje. Ele tem cárie, eu vou cuidar, mas antes preciso conhece-lo e isso é respeito ao individuo”, finaliza Dra. Leda.