Dez de setembro é
oficialmente o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Desde 2014, a Associação
Brasileira de Psiquiatria (ABP) e o Conselho Federal de Medicina (CFM) promovem
nacionalmente a campanha Setembro Amarelo. A proposta é alertar a
população sobre os fatores de risco para o comportamento suicida. As(os)
cirurgiãs(ões)-dentistas, assim como outros profissionais da saúde, podem
desempenhar um papel importante de prevenção ao atentar para sintomas físicos e
comportamentais de seus pacientes.
Ao identificar os sinais da
doença eles podem orientar os seus pacientes a procurar ajuda especializada
como forma de colaborar com o diagnóstico. Segundo dados da organização
da campanha, mais de 96% dos casos de suicídio têm ligação com transtornos
mentais e a depressão é um deles.
O transtorno provoca, por
exemplo, alterações vasculares nos microvasos, principalmente dos tecidos de
suporte dos dentes, causando mobilidade dentária. A retração gengival e até a
perda dos dentes estão entre as consequências da doença.
Pacientes com depressão
crônica têm grandes chances de desenvolver o bruxismo, que causa dores e outras
complicações, como desgaste dos dentes.
Também vale atentar para
alguns medicamentos, comumente prescritos aos pacientes com depressão,
ansiedade e outros transtornos psiquiátricos. Eles podem alterar a saúde bucal.
A gengivite, periodontite e xerostomia são algumas das enfermidades mais
comuns. É fundamental que o paciente informe a (o) profissional da Odontologia
sobre o uso de remédios durante a anamnese para que ele possa determinar o
tratamento odontológico adequado.
A recomendação é de que
as(os) cirurgiãs(ões)-dentistas devem ficar atentas(os) aos aspectos que
envolvem a sua especialidade e atuar multidisciplinarmente com outras áreas da
saúde. Psicólogos, reumatologistas (em casos de fibromialgia), nutricionistas
ou nutrólogos podem integrar o grupo de assistência ao paciente, contribuindo
para melhoria do bem-estar físico e emocional.