A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) que
representa 18 grupos de operadoras de planos de saúde realizou nos dias 23 e 24
de novembro o 2º Fórum de Saúde Suplementar. O evento, promovido no Rio de
Janeiro, contou com sete palestras divididas em cinco painéis.
O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP),
representado pelo presidente da Câmara Técnica de Cirurgia e Traumatologia
Bucomaxilofaciais (CTBMF), Sidney das Neves, participou do segundo dia de
evento, quando foi realizado o 5º painel, com o tema “Órteses, Próteses e
Materiais Especiais: O que mudou?”.
O assunto é de grande relevância para a especialidade
odontológica, pois aborda a regulamentação de diretrizes na utilização de
OPMEs. De acordo com dados apresentados na ocasião, no sentido de despesas
médicas, a cirurgia bucomaxilofacial, geralmente, fica atrás apenas da cirurgia
da coluna.
Durante o evento foram destacadas ainda questões como a
judicialização da saúde que mantém cerca de 400 mil ações em julgamento nos
tribunais, envolvendo saúde pública e privada.
A fim de minimizar esse cenário, o presidente do Grupo
NotreDame Intermédica, Irlau Machado Filho, apresentou o modelo de boas
práticas médicas, que promove o bom senso nos tratamentos e utilização de
materiais, fundamentada em ciência e evidências clínicas.
O mesmo modelo já é adotado pelo CROSP que tem intermediado e
minimizado muitos conflitos entre os profissionais e as operadoras. O Conselho,
inclusive, foi citado como exemplo de pioneirismo na promoção de boas práticas.
O trabalho realizado pelo grupo da coluna no Hospital
Israelita Albert Einstein, que teve a diminuição de 58% das indicações
cirúrgicas, obtendo resultados positivos, também foi abordado durante o painel.
Os dados foram corroborados pelo chefe do serviço de clínica e cirurgia da
coluna vertebral, do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, Edmond
Barras, que também tem revisto as práticas adotadas em casos cirúrgicos.
Por fim, a diretora da FenaSaúde, Solange Beatriz Palheiro
Mendes, comentou alguns dados importantes como o fato de nos últimos 18 meses,
quase 2 milhões de beneficiários terem saído dos planos médico hospitalar e
falou da importância das operadoras estudarem um novo produto mais acessível
para população.
O desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Rio
Grande do Sul, Ney Wedemann Neto e o ministro do Superior Tribunal de Justiça
(STJ), Paulo de Tarso Vieira Sanseverino, também foram convidados durante o
painel.