Câmaras Técnicas e comissões
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Câmaras Técnicas
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Câmaras Técnicas e Comissões
As Câmaras Técnicas têm função consultiva, de caráter técnico-científico e de assessoramento direto ao Presidente e à Diretoria Executiva do CROSP sobre assuntos científicos relacionados às suas respectivas especialidades odontológicas. Também elaboram e auxiliam na criação e aprovação de folders e outros materiais de divulgação sobre as ações realizadas nas diversas especialidades/habilitações da Odontologia, além de organizar e promover conferências e fóruns sobre o tema de cada área, entre outros assuntos.
Ortopedia Funcional dos Maxilares - Apresentação
A especialidade é uma área específica do conhecimento, exercida por
profissional qualificado a executar procedimentos de maior complexidade, na
busca de eficácia e da eficiência de suas ações.
No exercício de qualquer especialidade odontológica o cirurgião-dentista
poderá prescrever medicamentos e solicitar exames complementares que se fizerem
necessários ao desempenho em suas áreas de competência.
O exercício da especialidade não implica na obrigatoriedade de atuação
do profissional em todas as áreas de competência, podendo ele atuar, de forma
preponderante, em apenas uma delas.
A COMPETÊNCIA DO ESPECIALISTA
EM ORTOPEDIA
A Ortopedia Funcional dos
Maxilares originou-se na Europa no início do século XX. No Brasil, o
reconhecimento ocorreu no século XXI – apesar de ser praticada desde 1960.
É a especialidade
que tem como objetivo prevenir, oferecer condições ao sistema estomatognático
para alcançar a sua normalidade morfofuncional, e tratar as maloclusões e suas
consequências físico-funcionais através de recursos terapêuticos que utilizem
estímulos funcionais, visando ao equilíbrio morfofuncional do sistema
estomatognático e/ou a profilaxia e/ou o tratamento de distúrbios
crâniomandibulares e/ou remoção de hábitos deletérios, através de estímulos de
diversas origens que provoquem estas respostas, baseados no conceito da
funcionalidade dos órgãos. Podendo também fazer uso da supervisão da evolução
de desenvolvimento do sistema estomatognático, intervindo quando possível e
necessário, fazendo uso de recursos terapêuticos funcionais, inclusive a
orientação mastigatória.
Apresenta como princípio
fundamental a utilização de aparelhos removíveis que produzem estímulos neurais
que, por sua vez, respondem remodelando estruturas ósseas, musculares,
articulares e funcionais. Portanto, a estética da face e as funções exercidas
pela boca são restabelecidas, trazendo de volta o equilíbrio do sistema
estomatognático.
As áreas de
competência para atuação do especialista em Ortopedia Funcional dos Maxilares
incluem:
·
prevenção, diagnóstico, prognóstico e tratamento das maloclusões,
através de métodos ortopédicos funcionais;
·
tratamento e planejamento mediante o manejo das forças naturais, em
relação a:
1.
crescimento e desenvolvimento;
2.
erupção dentária;
3.
postura e movimento mandibular;
4.
posição e movimento da língua; e,
5.
distúrbios crâniomandibulares.
·
interrelacionamento com outras especialidades afins, necessárias ao
tratamento integral dos defeitos morfofuncionais da face.
ABORDAGEM ADEQUADA
As alterações funcionais, como
alterações na respiração, fonação, mastigação e deglutição, e as alterações
ósseas são consideradas no planejamento e prognóstico do caso a ser avaliado,
visto que a não solução destes problemas pode acarretar recidiva no tratamento.
Sendo assim, salienta-se a
abordagem geral do indivíduo para instalação de tratamento adequado.
RESPIRAÇÃO ORAL
Ocorre quando alguma alteração do
trato nasal ou nasofaríngeo leva o indivíduo a habituar-se a respirar pela
boca, ao invés de fazê- -lo predominantemente pelo nariz. Pode ser por hábito,
quando não há impedimento nasal e o indivíduo respira pela boca, ou por real
obstrução das vias aéreas superiores. Tal fato provoca alterações
dentomaxilares, acarretando a instalação de más oclusões, além de alterações
otorrinolaringológicas, esqueléticas, musculares e psíquicas.
As principais alterações
dentomaxilares observadas no respirador oral são: face longa e estreita
(dólicofacial); abóbada palatina geralmente mais alta, com palato ogival;
mordida cruzada posterior uni ou bilateral, podendo causar desvios de linhas
médias dentais; língua deprimida no momento da deglutição; narinas estreitas e
orientadas para o alto; nariz estreito, bases estreitas
das asas e áreas nasolabiais deprimidas; arcada estreita em forma de V;
protrusão dos incisivos superiores; lábio superior curto e hipotônico; lábio
inferior grosso e hipotônico; língua hipotônica e protruída; retrognatia;
gengivite; halitose; fluxo salivar alterado; e hipofunção dos músculos
elevadores da mandíbula.
Tendo em vista o envolvimento
sistêmico deste hábito, cifoses, lordoses, escolioses, ventre proeminente,
ombros propulsados e caídos; e desenvolvimento anormal do tórax são alterações
esqueléticas e musculares normalmente presentes nesses pacientes.
Além disso, algumas alterações
psíquicas são associadas com a respiração bucal, tais como, dificuldades no
rendimento escolar; dificuldade de fixar atenção; e síndrome da apneia do sono.
Como pode-se observar, o
respirador bucal apresenta etiologia multifatorial, que deve ser considerada
para a instalação de um adequado plano de tratamento, com prognóstico
satisfatório.
A Ortopedia Funcional dos
Maxilares considera todas as alterações funcionais para diagnóstico e
planejamento, priorizando a manutenção da fisiologia normal do indivíduo,
propiciando condições favoráveis de crescimento e desenvolvimento.
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